domingo, 13 de março de 2011

História de Israel

A HISTÓRIA DE ISRAEL






O Estado de Israel

É uma república democrática parlamentar situada no
continente asiático e fundada em 14 de Maio de 1948. É o único Estado Judaico existente em todo o mundo.

A população de Israel é predominantemente judia com uma minoria árabe na sua maior parte muçulmana, embora também existam árabes cristãos, circassianos e druzos. É política oficial apreservação do caráter judaico do Estado, embora as leis garantam completa liberdade de culto.

A área ocupada pelo Estado de Israel tem evoluído em relação ao território inicialmente previsto pelo plano de divisão da Palestina, votado na Assembleia Geral da ONU em 1947. O primeiro alargamento da sua área ocorreu logo com o fim da Primeira Guerra Árabe-Israelense, entre 1948 e 1949. Na seqüência da Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel conquistou as Colinas de Golã (originalmente território da Síria), a parte Oriental de Jerusalém e a Cisjordânia (originalmente partes da Jordânia) e a Faixa de Gaza e a península do Sinai (originalmente territórios egípcios).Em 1982 Israel firmou um acordo de paz com o Egito e retirou-se completamente do Sinai. Em 2000 saiu do Sul do Líbano, ocupado em operações de defesa contra a presença de guerrilheiros palestinos na região, e em Setembro de 2005 iniciou a sua retirada da Faixa de Gaza, atualmente administrada pela Autoridade Nacional Palestina. Com isso, o mapa israelense teve várias conformações ao longo de sua história, não tendo até hoje este estado definido as suas fronteiras.
Israel faz fronteira com os Estados do Líbano, Síria, Jordânia e Egito (listados no sentido horário do Norte para o Sul). Partilha do litoral do Mar Mediterrâneo, do Mar da Galiléia (Kneret), do Golfo de Aqaba (também conhecido como Golfo de Eilat) e o Mar Morto.
Desde 1967 Israel controla toda a cidade de Jerusalém, que proclamou como sua capital "única,eterna e indivisível" através da Lei Básica de 1980, promulgada pelo Parlamento israelense, porém condenada por uma resolução da ONU. A maioria dos países não reconhecem Jerusalém como capital de Israel e têm as suas representações diplomáticas em Tel Aviv.

O nome Israel (), que em hebraico significa Aquele que luta com Deus (-; "Ishr-al") tem sua origem na passagem do Gêneses, primeiro livro da Bíblia (Torá), na qual Jacó luta contra um anjo e recebe deste o nome de Israel. A nação fundada por Jacó é chamada de "Os Filhos de Israel", ou "Israelitas". No Brasil, os habitantes do moderno Estado de Israel são denominados"israelenses".
Segundo as escrituras bíblicas, Israel é a terra prometida por Deus aos hebreus e é o berço da religião e da cultura judaica no século XVII a.C.






História de Israel
O registro histórico mais antigo que se conhece sobre o nome Israel data do ano 1210 a.C.,mencionado na Estela de Merneptah (num poema dedicado ao faraó Merneptah), em que o nome não é associado a um local geográfico, mas a um povo.
O Povo de Israel ("Aquele que luta ao lado de Deus") surgiu de grupos nômades que habitavam a Mesopotâmia há cerca de cinco mil anos e que posteriormente rumaram para a região do Levante por volta do ano 2000 a.C. No fim do século XVII a.C., o Egito, com medo do grande crescimento dos judeus, atacou Israel e os levou escravos para o Egito.
Após o fim do cativeiro no Egito, os israelitas vagaram pela região da Península do Sinai, reconquistando uma parte de seu território original no Levante, sob o comando do rei Saul por volta de 1029 a.C. Segundo os relatos tradicionais, foi durante o reinado de Saul que, pressionados pelas constantes guerras com os povos vizinhos, as 12 tribos de Israel se unificaram, formando um único reino.

Saul foi sucedido por David, em torno do ano 1000 a.C., que expandiu o território de Israel e conquistou a cidade de Jerusalém, onde instalou a capital do seu reino. Sob o reinado de Salomão que Israel alcançou o apogeu, entre os anos 966 a.C. e 926 a.C..
Roboão, filho de Salomão, sucede-lhe como rei em 922 a.C.. Porém, o Reino de Israel foi dividido em dois: a Norte, o Reino das Dez Tribos, também chamado de Reino de Israel, e ao Sul, o Reino das Duas Tribos, também chamado de Reino de Judá, cuja capital ficou sendo Jerusalém.
Em 586 a.C. o imperador babilônio Nabucodonosor invade Jerusalém, destrói o Primeiro Templo e obriga os israelitas ao seu primeiro exílio.
Levados à força para a Babilônia, os prisioneiros de Judá e Israel passaram cerca de 50 anos como escravos sob o domínio dos babilônicos. O fim do Primeiro Êxodo possibilitou a volta dos israelitas a Jerusalém, que foi reconstruída, juntamente com seu Grande Templo. Do nome de Judá nasceram as denominações judeu e  judaísmo.
Entretanto, o território dos judeus foi sendo conquistado e influenciado por diversas potências de  sua época: assírios, persas, gregos, selêucidas e romanos.
Ao longo de toda a dominação romana houve duas grandes revoltas dos judeus. Antes, houve uma primeira revolta no ano 135 a.C., quando Antíoco IV Epifânio, ainda durante a dominação selêucida, profanou o Templo ao sacrificar uma porca (animal considerado impuro pelo judaísmo)em seu altar. A revolta, chamada de Hasmoniana foi vitoriosa e garantiu a independência de Israel até o ano 63 a.C., quando o reino é conquistado pelos romanos. Seria durante este domínio que surgiria o Cristianismo.
Os romanos estabeleceram no reino judeu um protetorado. Entretanto, a prática da religião hebraica era constantemente reprimida pelos romanos, que interferiam na administração do Templo e atacavam e profanavam os locais de culto.
A primeira grande revolta contra o domínio romano se iniciou no ano 66 da Era Comum. Também conhecida como Grande Revolta Judaica, a rebelião duraria até o ano70 d.C., quando o general Tito invade a região e destrói Jerusalém e o Segundo Templo. Cerca de um milhão de judeus teriam morrido durante os combates, segundo alguns pesquisadores. A região é transformada em província romana e batizada com o nome de Provincia Judaea.
A segunda e última rebelião contra os romanos foi a Revolta de Bar Kochba. A revolta foi esmagada pelo imperador Adriano em 135 e os judeus sobreviventes foram feitos escravos e expulsos de sua terra.
Durante os dois mil anos de duração do Êxodo, a presença judaica em Jerusalém e seu entorno foi constante, embora diminuta. No mesmo ano de 135, Adriano renomeou a Província Judaea para Provincia Siria Palaestina, um nome grego derivado de "Filistéia" (Em Hebraico,, emGrego,Pléše) como tentativa de desligar a terra de seu passado judaico. A Mishná e o T almude
Yerushalmi (dois dos textos sagrados judaicos mais importantes) foram escritos na região neste período. Depois dos romanos os bizantinos e finalmente os muçulmanos conquistaram a Palestina em 638. A área do Levante foi controlada por diferentes estados muçulmanos ao longo dos séculos (à exceção do controle dos cristãos cruzados) até fazer parte do Império Otomano, entre 1517 e 1917.

O Exílio e as perseguições anti-judaicas
Sob o domínio de diversos povos, culturas e religiões, os judeus exilados não encontraram jamais um clima de liberdade plena. Ora aceitos, ora hostilizados sob as mais diversas acusações e pretextos, os judeus sobreviveram às perseguições morais e violentas em torno de sua religião e de sua cultura particular.

Na Península Arábica do século VII onde provavelmente chegaram após a destruição do Segundo Templo, os judeus viram-se envolvidos nas lutas entre Maomé e os habitantes de Meca. De início parte integrante da umma criada por Maomé em Medina, duas tribos judaicas seriam expulsas da cidade, enquanto que a terceira seria executada (com exceção das mulheres e das crianças). Este episódio não tem, contudo nada a ver com manifestações de anti-semitismo, encontrando-se integrado nas guerras entre Meca e Medina e na mentalidade do século VII.

Em 1066 ocorre o Massacre de Granada e entre os séculos XII e XV os judeus são expulsos do Norte da Europa, dominada pelos cristãos. Os grandes massacres de judeus se sucederam em diversos países: Alemanha, Inglaterra (1290), França (1306 e 1394) e Espanha (1391), culminando na expulsão de 1492 e no grande massacre de Lisboa em 1506. Os judeus passam a habitar a Europa Oriental.

Com o fim da Idade Média e o Iluminismo as perseguições diminuem, embora prossigam. Durante a Era Moderna, os judeus da Rússia e de toda a região Leste da Europa são constantemente perseguidos e massacrados sob os mais diversos pretextos e acusações. Em meados do século XIX os pogroms  (A palavra é de origem russa, formada a partir do prefixo pô, inteiramente, e gromiti, destruir, e designa os movimentos populares antijudaicos, acompanhados de pilhagens e assassinatos.) forçam as ondas de imigração judaica para a América e fomentam o surgimento dos primeiros movimentos sionistas.

O Sionismo
O sionismo (de Sion, colina da antiga Jerusalém), surgiu na Europa em meados do século XIX.Inicialmente de caráter religioso, o sionismo pregava a volta dos judeus à Terra de Israel, como forma de estreitar os laços culturais do povo judeu em torno de sua religião e de sua cultura ancestral

Precedentes Sionistas
Entre os séculos XIII e XIX o número de judeus que fizeram aliá (literalmente “ascensão” - o ato de um judeu imigrar para a Terra Santa) foi constante e crescente, estimulado por periódicos surgimentos de crenças messiânicas e de perseguições anti-judaicas.

Estas perseguições tinham quase sempre um caráter religioso. Vários estados atacaram e expulsaram os judeus de seus territórios, sob acusações que variavam entre o deicídio (a suposta culpa dos judeus pela morte de Jesus) e lendas sobre envenenamento de poços, uso de sangue de crianças cristãs em rituais judaicos (“Libelo de Sangue”) e de heresia. Os judeus da Inglaterra foram expulsos em 1290, da França em 1391, da Áustria (1421) e da Espanha (Decreto de Alhambra), em 1492.

Os judeus que retornaram à Palestina estabeleceram-se principalmente em Jerusalém, mas também desenvolveram significativos centros religiosos em cidades mais distantes. A partir do século XV a cidade de Safed se tornaria o mais importante local de reunião de cabalistas.
Mas foi durante a primeira metade do século XIX que a migração judaica para a Palestina sofreu o seu maior incremento em quase vinte séculos. Os judeus já eram a maioria da população de Jerusalém no ano de 1844, convivendo com muçulmanos, cristãos, armênios, gregos e outras.

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