domingo, 17 de abril de 2011

Introdução a Biblía


INTRODUÇÃO AOS LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO
PENTATEUCO: (OBRA EM CINCO VOLUMES)
    Ocupa o primeiro lugar de ordem e de honra entre os livros do Antigo Testamento, os antigos hebreus chamaram-no de Tora, ou seja Lei, nome tomado de matéria central, distinguindo-os com a palavra inicial. GENESIS, ÊXODO, LEVÍTICO, NÚMEROS, DEUTERONÔMIO.



GÊNESIS - (Origens)

    Narra as origens do universo e do gênero humano, até a formação do povo de Israel, na sua estada Egípcia. É o primeiro livro do Pentateuco e da Bíblia, é o livro das origens. Origem do universo e do homem, origem do pecado, da cultura, de raças e povos, origem das línguas e do povo de Deus, através de seus patriarcas.

    No começo tudo é bom como Deus o fez. Pela rebeldia do homem, entra o mal, a morte a discórdia, a vingança desmedida, a depravação que solta dilúvio, a arrogância que confunde as línguas. Depois do dilúvio, Deus começa nova ação num ponto da história, num homem. E sob esta ação de Deus, a História antes pecado crescente, faz se agora salvação crescente.

    O culto do livro é a história de Abrão, eleição e benção, que corresponde a fé e esperança. São páginas simples e profundas. A Arca de Noé toma-se o símbolo da Igreja pela qual os homens são salvos pela água do batismo, a fé de Abraão é o modelo para todos os crentes, o sacrifício de Isac, simboliza o sacrifício de Cristo, filho do Pai.

ÊXODO - (Saída)

    Narra a saída dos israelitas do Egito, conduzidos por Moisés aos pés do monte Sinai, para ai receberem de Deus sua lei religiosa e civil e se constituírem por meio de acordo sagrado, em próprio povo de Deus. É o segundo livro do Pentateuco é o livro da libertação e da aliança. Conta a história do povo eleito, do ponto onde o livro de gênesis termina, conta a opressão pelos egípcios dos descendentes de Jacó, na milagrosa libertação por Deus com o intermédio de Moisés, que os guiou através do mar vermelho ao monte Sinal, onde fizeram um acordo com o Senhor. Por intermédio de Moisés, Deus deu aos israelitas no monte Sinai, a lei, a legislação moral, civil e religiosa, pela qual se deveriam tornar um povo santo em que se cumpriria a promessa de um Salvador para toda a humanidade. Moisés se agiganta através das páginas, pelo seu sacrifício em favor do povo e de sua intimidade com Deus. Se bem que seja Deus o verdadeiro protagonista.

LEVITICO

Regula (coloca dentro de regras) o culto religioso à maneira de ritual, dirigido especialmente aos levitas, que formavam o clero consagrado ao serviço do santuário. Este livro traz o nome de Levitico, por tratar-se quase exclusivamente dos deveres sacerdotais, dando continuidade à legislação entregue por Deus a Moisés no Monte Sinai,o Levitico é quase inteiramente em estilo legislativo, as leis contidas neste livro servem para ensinar aos israelitas que eles deveriam manter-se sempre em estado de pureza legal, ou santidade externa, em sinal de sua íntima união com o Senhor.

NÚMEROS

    Recebe o nome dos rescenseamentos (verifica qual o número de habitantes) do povo, contidos na primeira parte, estendendo-se, depois, em mencionar fatos e providencias legislativas (divisão do poder que faz as leis) correspondentes a cerca de quarenta anos de vida nômade no deserto da península sinàtica. (pedaço de terra no meio da água, mas ligada á terra por uma tira de terra). É o quarto livro do Pentateuco, toma o nome de números pela contagem do povo hebreu, um no começo outro do fim da viagem pelo deserto. Começada em Êxodo, descreve as experiências dos israelitas num período de trinta e oito anos, do começo do acampamento do Monte Sinai até a chegada ao limiar da Terra Prometida. Numerosas organizações legais estão entremeadas na narrativa, tornando o livro um misto de lei e história. Mostram claramente a ação de Deus, nos diversos documentos relatados, que pune a teimosia do povo, prolongando a permanência do povo no deserto, preparando-o ao mesmo tempo pela submissão à disciplina, para ser sua testemunha entre as nações. No novo testamento, Jesus Cristo e os Apóstolos, buscam úteis ensinamentos nos fatos citados neste livro, como a serpente de bronze, a água jorrando da pedra.

DEUTERONÔMIO (segunda lei)

    Emanada (vinda) pelo fim da jornada no deserto, Moisés retoma a lei anterior para adaptá-las às novas condições de vida parada em que o povo viria a se encontrar com a conquista imediata da palestina foi considerado autor do Pentateuco o próprio Moisés, protagonista dos últimos quatro livros, embora sejam admissíveis que, em sua redação, tenha aproveitado documentos escritos e tradições orais existentes na época.É o quinto e último livro do Pentateuco, na realidade o que contém não é uma nova lei, mas repetição parcial, complemento e explicação da lei dada no Monte Sinai, a principal característica deste livro, é seu forte estilo oratório. Moises repreende, exorta e ameaça seu povo, fazendo apelo ao passado de glória, à missão histórica e a promessa de triunfo futuro. Seu objetivo é inculcar nos israelitas o direito que tem o Senhor a sua obediência, lealdade e amor. Deuteronômio, escrito depois dos israelitas terem habitado á Terra Prometida durante séculos, assume a forma de testamento de Moises, o grande chefe e legislador a seu povo, nas vésperas de morrer, ao tempo da vinda do Nosso Senhor, exerceu, com os Salmos, grande influencia religiosa sobressaindo aos demais livros do antigo testamento.




INTRODUÇÃO AOS LIVROS HISTÓRICOS
São 16 livros em que é contada a historia de Israel a parti da conquista da Terra Santa, a Palestina. São eles: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, I e II MacabeusDestes, veremos 8 a seguir:

JOSUÉ
Após a libertação do povo da escravidão dos egípcios, Moisés organizou-os na península do Sinai e o conduziu até as margens do Jordão ( Rio ). Para continuar a mesma missão de Moisés, sucedeu-lhe Josué, tinha à sua frente duas tarefas: ocupar as terras de Canaã, expulsando os antigos habitantes e dividir o país entre as várias tribos de Israel. O livro é a narração, ora detalhada, ora resumida, desta grande empresa.Este livro é formado por longo e complexo processo de confecção. Os crentes, tanto judeus como cristãos, já o consideraram como fruto da inspiração.

JUÍZES
Este livro tira seu título dos doze heróis de  Israel, cujos feitos registra. Não eram eles magistrados, mas chefes militares enviados por Deus para ajudar e socorrer seu povo em tempo de perigo externo.
Exerceram suas atividades no intervalo de tempo entre a morte de Josué e a instituição da monarquia  em Israel.
Seis deles : Otoniel, Aod, Barac, Gedeão, Jefté  e Sansão, são tratados com mais detalhes e em conseqüência são chamados os Juizes Maiores.
Os outros seis, as atividades são registradas de maneira mais resumida, são chamados de Juizes menores. O propósito do livro é mostrar que a sorte de Israel dependia da obediência ou desobediência do povo à lei de Deus. Sempre que se rebelavam contra ele, era oprimido pelas nações pagãs, quando se arrependiam Deus suscitava os juízes para liberta-los

RUTE 
O livro de Rute tem este nome por causa da mulher Moabita que se uniu ao povo Israelita  por seu casamento  com o ilustre  Booz de Belém. Rute contem um belo exemplo de piedade filial, tão apreciada pelos  hebreus. Seu espírito de auto sacrifício,  sua piedade, sua integridade moral foram realçados por Deus com o dom da fé e um casamento ilustre, ao qual se tornou ancestral de Davi e de Cristo.
Vem após o livro dos  Juízes pois esta intimamente ligado por causa do tempo de ação , pode se caracterizar este livro como uma forma literária dramática, pois cerca de dois terços dele tem a forma de dialogo, contudo há probalidade que contenha História real, não existe certeza quanto ao autor do livro, foi escrito muito tempo depois dos acontecimentos narrados. 

SAMUEL
Esta obra sagrada compreende assim a História de cerca de um século, descrevendo  o fim da era dos juizes e o começo da monarquia em Israel, sob Saul e Davi. Não é uma História contínua, nem relato sistemático, mas uma série de episódios, desenrolados em torno As figuras de Samuel, Saul e Davi, as principais personagens no estabelecimento da real dinastia (pertencentes à uma só família) de Davi.

REIS
Como no livro de Samuel,estendem a história consecutiva de Israel do nascimento até à destruição de Jerusalém, em 687  a. c, este trabalho é delineado como história religiosa, por isto o templo, que é lugar escolhido para o culto de Javé, ocupa em reis, o centro da atenção. O primeiro livro de Reis, traz a história de Israel dos últimos dias e morte de Davi, até a ascenção ,na Samaria, de Acóssias, filho de acab, quase fim do reinado de Josafá, rei de Judá. Devemos notar os dois grande ciclos de tradições que se desenvolveram em torno das grandes figuras proféticas de Elias e Eliseu, um no primeiro e outro no segundo livro de Reis. O ciclo de Elias é mais importante porque salienta a difícil luta de Israel com a religião de Canaã.

I CRÔNICAS
O Título grego significa “coisas omitidas ou ignoradas” em
Samuel e Reis. Os livros de crônicas, registram com certa minúcia o extenso período entre o reinado de Saul e a volta do Exílio.
O cronista  propôs-se a definir e defender as legítimas reivindicações da monarquia Davídica na história de Israel e exaltar o lugar de Jerusalém e do culto no templo determinado por Deus como o centro  da vida religiosa para a comunidade judaica de então.
Do ponto de vista do cronista o reinado de Davi era o ideal a que todo subseqüente governo de Judá deveria aspirar.
O cronista estava muito mais interessado na influencia religiosa e litúrgica de Davi, do que em seu poder político.
Ou seria um povo sujeito a Deus ou nada. 

II CRÔNICAS
Começa com o relato do reinado de Salomão, de acordo com o ponto de vista pessoal do cronista. A figura de Salomão é exaltada: só é inferior à de Davi. A grande obra de construção do templo e a magnificiência da corte de Salomão são descritas com minuncias, ao passo que os graves defeitos desse reinado são omitidos.
Tudo isso está de acordo com a intenção do cronista de realçar a suprema importância do templo e seu culto. 
Ele deseja convencer seus leitores do esplendor  da morada de Deus e a magnificiencia da  Liturgia do sacrifício, oração e louvor que ali são ofertados.A comunidade restaurada teria de se adaptar a esse ideal de um povo unido no culto de um só e verdadeiro Deus no templo de Jerusalém fundado por Davi e Salomão.

ESTER 
Este livro relata a libertação do cativeiro do povo hebreu, no império persa, por ação da judia Éster, escolhida para a rainha, entre as outras mulheres do harém, em substituição à decaída Vasti, que se recusara à comparecer num banquete organizado por Assuero, transcrição hebraica de Xerxes I.
O Objetivo do livro é didático: glorificação do povo judeu e explicação da origem.

A Obra foi concebida como meio de consolação para Israel, uma lembrança de que a providencia divina vela constantemente pelo seu povo, nunca o abandonando quando a serve fielmente ou a ele se dirige com sincero arrependimento.



INTRODUÇÃO AOS LIVROS SAPIENCIAIS
É um conjunto de 7 livros,  saber:

Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico.

Encontramos a Sabedoria verdadeira de viver. Aí estão recolhidas, poesias, cânticos, mas acima de tudo, Espírito de oração para uma fé viva. Veremos 6 deles a seguir:


Este é um primoroso poema dramático que versa sobre o problema do sofrimento dos inocentes e o da recompensa.
Jô chefe de tribo oriental, piedoso e justo, muito bem dotado pessoalmente e muito rico, sofre repentina mudança de sorte. Perde as propriedades, os filhos, é acometido de doença repugnante e a tristeza invade-lhe a alma.
Não obstante (contudo ), não reclama de Deus.
Quando alguns amigos o visitam e procuram confortá-lo, Jô afirma ser inocente e não compreender por que é castigado. Amaldiçoa o dia em que nasceu e anseia pela morte para por fim a seus sofrimentos.
O debate que se segue consiste em três ciclos de palestras.
Os amigos de Jô dizem que sua situação só pode ser castigo por más ações e convite de Deus para o arrependimento.Jó refuta ( nega )
essa explicação incorreta e invoca resposta direta de Deus. Em atendimento ao pedido de Jó para que seja lhe permitido ver Deus e ouvir dele a causa de suas penas, Deus responde, não justificando sua ação diante dos homens, mas referindo-se à sua própria oniscencia e poder supremo. Jô fica satisfeito com isso. Recupera sua atitude de humildade e confiança em Deus, agora intensificada pela experiência do sofrimento.Não se conhece o autor do livro.
A lição é que mesmo os justos podem sofrer aqui e seus sofrimentos são provas de sua fidelidade. No fim serão recompensados.Os problemas com que nos defrontamos podem ser solucionados através de mais ampla e mais profunda consciência do poder da presença e da sabedoria de Deus

SALMOS ou SALTÉRIO
 É uma coleção de cantos religiosos que, segundo a tradição, são 150. Esse número é aproximadamente correto, pois vários salmos incluem dois ou mais cantos originalmente independentes, enquanto outros, primitivamente uma só unidade, foram divididos em dois ou mais salmos.
Alguns foram compostos para uso litúrgico no templo, outros para serem recitados em outros locais.
Em alguns o cantor, é uma só pessoa, em outros a comunidade.
Um dos tipos mais comuns é o da súplica a Deus por seu auxilio nas necessidades espirituais e temporais. 

PROVÉRBIOS
Este livro é uma coleção de trechos da escrita  da sabedoria israelita. É trabalho de muitos autores, escritos em diferentes épocas (algo semelhantes ao livros dos Salmos), não sendo portanto obra de um homem, com determinado ponto de vista.
O principal objetivo do livro, indicado na primeira sentença( 1,2-3 ), é ensinar a sabedoria, assim é dirigido particularmente aos jovens e inexperientes, mas também aos que desejam aperfeiçoar-se no ensino da sabedoria, essa sabedoria que o livro ensina abrange um vasto campo  de atividade humana e divina, sublimes verdades morais e religiosas, como a oniscencia, a providencia, a bondade de Deus e  a alegria e a força que resultam submissão a Ele.
Este livro pode ser dividido da seguinte maneira:  

ECLESIASTES
Parece-se com o de Jô, no sentido que é trabalho de um autor individual, em desacordo e criticando a sabedoria clássica de Provérbio, neste afirma-se que a sabedoria, por exemplo a conduta ética correta, será recompensada com as bênçãos de Deus,longa vida, etc.
O autor de Eclesiastes Qohélet, tem fé firme em Deus, que é onipotente e justo, mas ele considera as maneiras de Deus e sua disposição da vida dos homens totalmente misteriosas.
Mais ainda ele nada sabe sobre possível vida futura, ou juízo depois da morte.
É a vida humana, o que está “debaixo do sol”.

CÂNTICO DOS CÂNTICOS
É tradução livre que significa “O melhor cântico por Salomão”. É a jóia da literatura hebraica do AT. É breve contos de amor. Canta o amor sem fazer mitologia, sem o reduzir a simples sexualidade, canta as ânsias, o desejo, a busca, a entrega a contemplação, a posse. O Cântico canta o amor e o amor é o que há de maior, porque vem de Deus, e leva à Deus, porque Deus
Por isso, a Escritura utilizou noutras ocasiões o símbolo do amor conjugal para expressar a relação de Deus com o seu povo, de Cristo com a sua Igreja.Utilizar como símbolo não é abolir a qualidade, mas aprofunda-la.
Conhecendo este valor profundo e simbólico do amor, podemos ler esta jóia literária como um dos melhores livros do AT,tomando –o na grandeza do seu tema e na beleza incomparável da sua forma poética.

ECLESIÁSTICO
Em 180 a.C, Jesus filho de Eleazar, filho de Sira compõe ou termina seu livro de reflexões  sapienciais, recolhidos provavelmente, o seu ensino oral e dos outros antecessores. Cerca de 130 aC, um neto seu traduz a obra para o grego, em Alexandria para proveito dos judeus dispersos que não entendem o hebraico e também para os prosélitos e gentios. O seu livro por não ser reconhecido pelos círculos oficiais  judaicos, foi escondido e se perdeu
No século VIII d.C, é encontrada uma cópia em uma gruta, a que passa ao Egito, onde se fazem outras cópias e é utilizados pelos escritores da época.A sabedoria é a lei de Moisés, como síntese de toda a história a todas as instituições do povo.Em alguns momentos, remonta-se como hino ao Criador, mas o seu acerto máximo são as suas obras da vida humana, em mistura saborosa de ironia, indulgência e otimismo.
O profeta apresenta-se como mensageiro enviado por Deus para transmitir a sua Palavra. Palavra de denúncia e condenação, de promessa e consolação, de exortação a converter-se. O profeta goza da intimidade de Deus, escuta seus planos, pode interceder pelo seu povo. A sua atividade antes de tudo é oral.O profeta fala a indivíduos responsáveis, a grupos sociais, ao povo, às nações pagãs.


INTRODUÇÃO AOS LIVROS PROFÉTICOS
    Os profetas eram homens levantados por Deus para realizar uma missão especial no meio de Seu povo, principalmente em tempos de graves pecados ou perigos.
    Composto por 18 livros: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

ISAÍAS
O maior dos profetas surgiu num momento da história de Israel. Isaías recebeu chamado para a atividade profética no Templo de Jerusalém. Muita atenção deve ser dada ao capítulo 6, onde a convocação divina para que fosse o enviado do supremo é circunstanciadamente descrita. A visão do Senhor entronizado em sua glória dá uma característica indestrutível ao ministério de Isaías e fornece a chave para  a compreensão de sua mensagem.
Pouco se sabe dos últimos dias desse grande líder religioso. 

JEREMIAS
Combina história, biografia e profecia. Retrata uma nação em crise e apresenta o leitor a um  líder extraordinário, ao qual o Senhor atribuiu o pesado ônus da função profética. Jeremias nasceu cerca de 650 a C, de uma família sacerdotal da pequena aldeia de Anatote, perto de Jerusalém. Quando ainda muito jovem, foi chamado para a missão.
Jeremias viu na impiedade da nação o selo da sua ruína, foi assassinado pelos próprios compatriotas. A influência de Jeremias foi maior depois de sua morte do que antes.
 A comunidade exilada lia e meditava as lições do profeta e sua influência pode ser observada em Ezequiel, em alguns Salmos e na segunda parte de Isaías. Logo depois do  exílio, o livro de Jeremias, como hoje o conhecemos, foi publicado em edição final. 

LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS
 Com o tema da queda de Jerusalém,um poeta anônimo (a tradição antiga identificou-o como Jeremias), compôs uma série  de elegias e uma súplica dolorosa pela queda da cidade.
As quatros elegias, são poemas alfabéticos, a súplica tem  22 versos, o número das letras do alfabeto.É uma dor que se desafoga com monotonia, misturando imagens novas e tópicas, não sabemos se estas elegias foram recitadas em reuniões litúrgicas. 

BARUC
 O conhecido secretário do profeta Jeremias. O propósito deste recurso literário é retratar para a sua própria geração, e as futuras, o espírito de arrependimento que levou Deus a pôr fim ao Exílio.A lição assim obtida é acompanhada de um hino em louvor da Sabedoria, exaltando a lei de Moisés como inigualável dádiva de Deus e Israel, cuja observância é o caminho da vida e da paz. Sua severidade é impressionante, mas ao repetir lições previamente inspiradas numa época posterior, fá-lo sem especial beleza literária. 

EZEQUIEL
A complexa personalidade de Ezequiel faz dele uma das figuras mais interessantes da literatura profética de Israel, em muitos aspectos se parece muito com os profetas Elias e Eliseu, contudo, apóia-se em todos os profetas que o precederam e suas lições são prolongamento das deles. Ezequiel tornou-se profeta na Babilônia, o primeiro a receber o chamado à profecia fora da Terra Santa. Na primeira parte do livro consiste de censuras aos pecados passados e presentes de Israel .A famosa visão dos ossos secos  no capitulo 37 exprime sua firme crença numa futura restauração, na ressurreição de Israel do túmulo da Babilônia para a nova vida. Talvez nenhum outro profeta tenha salientado a absoluta majestade de Deus como Ezequiel. 

DANIEL
Este livro recebe este nome , não do autor que é desconhecido, mas de seu herói, um jovem judeu cedo levado para babilônia onde viveu pelo menos até  538 a.C. O livro contém histórias que se originaram e foram transmitidas nas tradições populares que falam das tentativas e triunfos do sábio Daniel e seus três companheiros. A moral é que os homens de fé podem resistir à tentação e vencer adversidade. 

OSÉIAS
Pertenceu ao reino setentrional e começou sua carreira de profeta nos últimos anos de Jeroboão II. Acreditam-se alguns que era sacerdote, outros culto profeta, a profecia, nossa única fonte de informação a respeito de sua vid, não nos dá resposta  certa sobre o assunto.
Homem muito sensível, emotivo, que podia passar rapidamente da raiva para a mais profunda ternura. A profecia gira em torno de seu
próprio e infeliz casamento com Gomer, tragédia pessoal que influenciou profundamente seu ministério. Gomer, a adúltera, simbolizava o Israel sem fé. E assim como Oséias não podia abandonar sua mulher para sempre, mesmo quando se prostituiu, Javé não podia abandonar Israel que lhe tinha sido dado em casamento.Oséias iniciou a tradição de descrever a relação entre
Javé e Israel em termos de casamento.

JOEL
Seu tema predominante é o dia do Senhor.Uma terrível invasão de gafanhotos assola Judá. Tão espantoso foi o flagelo que  profeta o considerou como símbolo do próximo dia do Senhor. Em face dessa ameaçadora catástrofe, o profeta concitou o povo a arrepender-se, voltar-se para o Senhor, em pranto e jejum. O senhor respondeu  a essa prece e prometeu afastar os gafanhotos abençoar a terra com paz e prosperidade.
Deus tanto é o vingador do seu povo como a fonte de suas bênçãos. 

AMÓS
Era um pastor de Técua. Ele profetizou em Israel, no grande centro religioso de Betel. Seu conservantismo combinava com toda a tradição profética, chamando o povo de volta às exigências morais e religiosas da revelação de Javé. 

ABDIAS
Os vinte e um versos deste livro encerram a mais curta e mais severa profecia do AT(Antigo Testamento) Nada se sabe do autor, apesar de seu oráculo contra Edom, tradicional inimigo de Israel. 

JONAS
Este livro é uma História didática com importante mensagem teológica. Diz respeito a um Profeta desobediente que procurou fugir a sua divina missão: foi lançada por cima da borda de um barco e engolido por um grande peixe, salvo de maneira milagrosa e mandado a caminho de Nínive, a tradicional inimiga de Israel.
Para surpresa de Jonas, a cidade pecaminosa ouviu sua mensagem de condenação e arrependeu-se imediatamente.
Todos, desde o rei  ao mais íntimo súdito, humilharam-se, vestindo-se
Com panos de aniagem e cobrindo-se de cinzas.
Vendo seu arrependimento, Deus não levou a cabo o castigo que havia planejado para eles. Em conseqüência disto, Jonas se queixou a Deus pelo inesperado êxito de sua missão; estava amargurado porque Javé, em vez de destruir a cidade, tinha levado ao povo o arrependimento e tratava-o com indulgência (clemência).
Desta história um tanto jocosa (alegre),pode-se tirar sublime lição.
Jonas representa mentalidade estreita e vingativa, muito comum entre os judeus daquele tempo. 
Porque eram o povo escolhido, muitos deles cultivavam um nacionalismo intolerante que limitava a misericórdia de Deus a sua Nação.
Repugnava-lhe o pensamento de que nações pecaminosas como a Assíria pudessem escapar a sua ira.
A profecia, que tanto é instrutiva como recreativa, revela exatamente esse ponto de vista.
É uma Parábola de misericórdia, mostrando que as ameaças de castigo de Deus são apenas a expressão de um intuito misericordioso que levará todos os homens ao arrependimento e à busca de perdão. 

MIQUÉIAS
Miquéias foi contemporâneo (do tempo) de Isaías.
De sua vida e vocação nada sabemos, exceto que era procedente de obscura aldeia, Morasti, nos contrafortes da montanha.
Atacou, com abrasadora eloqüência, os ricosa exploradores dos pobres,comerciantes desonestos, juízes venais,padres e profetas corruptos.
Em Jeremias 26,17-18 nos diz que a reforma de Ezequias foi influenciada pela pregação de Miquéias. 

NAUM
Pouco antes da queda de Nínive, em 612  A.c, Naum proferiu sua profecia contra a cidade odiada. Mas Naum não é um profeta de vingança desenfreada. A destruição de Ninive foi uma sentença dada à cidade pecaminosa. Antes que se passassem muitos anos, Jerusalém deveria aprender o significado de semelhante julgamento 

HABACUC
A sua profecia adota a forma de súplica impaciente e insistente, a Deus. São Paulo comenta duas vezes (Rom.1,17 e Ga3,11)  resposta
de Deus ao seu profeta.(2,4)
O estilo dos primeiros capítulos mostra o interesse litúrgico de Habacuc. 

SOFONIAS 
O seu pequeno livro, como outros livros proféticos mais extensos, compõem-se de três partes,que são três capítulos:
Primeiro, ameaças contra Judá em forma de um dia do Senhor;
Segundo, ameaças contra outras nações, Filistéia, Moabe, Amon,Etiópia e Assíria, um juízo penitencial que prepara a grande restauração e conclui com uma exortação à alegria.
Sofonias fez-se famoso sobretudo porque um verso seu serviu de começo a um magnífico e sombrio poema medieval:
 “Dies irae dies ilha”. 

AGEU
A profecia do pós-exílio começa com Ageu, que ouviu a Palavra do Senhor no segundo ano do reinado de Davi (520  a C).
De Ageu conservamos quatro oráculos ( Respostas de Deus ) pronunciados no espaço de quatro meses, todos referidos ao novo templo, no segundo ano de Dario I (5220486).
Deus volta a estar no meio do seu povo, primeiro na Palavra profética que continua a grande tradição, depois no seu templo reconstruído, finalmente na sua benção que dá fecundidade.
Ageu supera o horizonte histórico e, mirando horizonte entrevisto, anuncia glória maior para o segundo templo a  tradição latina leu, nestes versos, uma profecia messiânica. 

ZACARIAS
O livro de Zacarias deve dividir-se em duas partes: 1-8  e  9-14.
A primeira é, em geral, obra dum profeta de família sacerdotal, o qual atua entre 520  e  518.
O seu tema imediato é a reconstrução do templo e do governo no regresso do desterro; por cima desse horizonte imediato a profecia mira para um futuro messiânico.
A segunda parte muda de tema e de estilo; divide-se de novo, por um título repetido, em 9-11  e  12-14, duas partes que tem muitos motivos literários comuns.
Em 9-11, um povo desgarrado pelos seus pastores volta à pátria, unem-se os dois reinos e os pastores infiéis são eliminados.
Em 12-14, lemos uma série anafórica com 16 começos “naquele dia”.
Jerusalém é o centro, onde tudo fica consagrado pela presença do templo: O SENHOR É O REI.

MALAQUIAS - (MEU MENSAGEIRO) 
Este trabalho foi composto por um autor anônimo pouco tempo antes da chegada de Neemias a Jerusalém ( 445 aC ).
Por causa das severas censuras que proferia contra os sacerdotes e governantes o autor provavelmente quis esconder sua identidade.
Para isto, fez um nome próprio da Expressão hebraica
 “Meu mensageiro” ( Malaquias )que aparece em 1,1 e 3,1.
É provável que a cortante crítica aos abusos e indiferença  religiosa na comunidade tenha  preparado o caminho para necessárias reformas
O povo escolhido, tinha feito um melancólico retorno ao amor divino.
Os sacerdotes, que deveriam ter sido líderes, tinham desonrado a Deus, com seus sacrifícios blasfemos.
Em seu primeiro capitulo, o escritor antevê ( prevê ) o tempo em que todas as nações oferecerão uma oblação pura (1,11) uma profecia cuja realização a Igreja encontra o Sacrifício da Missa.

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